29 de julho de 2014

Só mais um texto.

 

     Por muito tempo vi pessoas entrando e saindo do pouco de vida que tenho. Vi aqueles que diriam ser para sempre saírem pela porta dos fundos.
     A questão é que ninguém pensa na importância dos momentos únicos. Diria que não me arrependo de nenhum deles - falo isso com orgulho das vergonhas, aflições, lamentações, dramas, felicidades e das risadas -, pois afinal, foram momentos como estes que me tornaram quem sou hoje. As pessoas se encontram em um lugar onde não há luz do sol para clarear o dia, não há sorrisos e nem lágrimas, são apenas lugares lotados de expressões e sentimentos vazios. Quero não ser assim -e se é que alguém ainda pode me escutar-, eu literalmente quero ser uma exceção. Talvez isso mude e realmente, talvez isso passe com base na idade e tudo aquilo que hoje acredito, vire simples poeira no espaço. Mas talvez um coração quebrado possa se concertar, tal como um joelho machucado pode se curar com o cuidado certo. E o "talvez", que eu tanto uso nesse pequeno texto, seja a resposta para todas aquelas perguntas mal feitas e palavras mal ditas, assim como aquela velha pergunta sobre o que acontece depois do "para sempre" dito em cada conto de fada contado para mim durante minha infância.
    E sempre vejo que mesmo após todos os pontos e vírgulas usados cada vez que queremos dar um tempo ou um fim à uma frase, poderiam ser explicados por dois pontos, assim iniciando um novo texto e quem sabe re-inventando aquilo que penso antes de dormir. Quantas possíveis vírgulas foram substituídas por pontos em momentos errados? Quantos pontos foram colocados quando tudo o que precisava era uma simples vírgula para continuar uma grande história? As vezes o "talvez" traz consigo uma incerteza que nos faz cometer erros estúpidos. E quem sabe o "talvez" seja só mais uma palavra.

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