20 de outubro de 2015

Se as pessoas fossem chuva...




Oi licença, posso me sentar? Vou te contar uma história mas juro que é curta, é o tempo de um gole de um refrigerante.
É sobre uma menina que é difícil de ser amada.

Não estranhe, mas ela pediu para não citar seu nome quando contasse sua história. Ela disse que era um modo de ser ela mesma. Mesmo que não faça nenhum sentido, eu a entendo. Ela não faz nenhum sentido.
É engraçado o modo que gosta de como a chuva tem um cheiro incrível e como ela cai levemente sobre o vidro da janela. Ela gosta de ir na livraria e ver os mesmo livros, as mesmas pessoas e comparar os preços. Suas preferências envolvem aqueles de capa bonita e dura, com um conteúdo incrível, daqueles que não é possível descrever. Ela sempre dizia que aquele era seu preferido e apontava para vários.
Fazia coleções de marcadores de página e de datas marcantes para a vida dela, de diários e textos jogados fora por ela mesma. Amassa, joga fora, pega, desamassa, reutiliza. 
Ela gosta do sim mas prefere o não, prefere salgado do que doce e só bebe se estiver muito feliz ou muito mal. Ela não conhece o meio termo, ela é um extremo. Mas não se assuste, ela é diferente. Ela sempre preferiu o diferente. 
Ela é a Summer. Ela é o Tom. Ela é a Ruby Sparks. Ela é a Alasca. Ela é a Margo. Ela é todo mundo. Ela não é ninguém.
Mas não ache que ela é a mulher perfeita. Ela se estressa com o ridículo e faz drama até demais, ela é um furacão que atinge todo mundo sem nem perceber. Ela ama intensamente tudo aquilo que a faz bem. Ela gosta de escrever sobre o amor e sobre suas desilusões porque o pouco que ela conhece, a faz parecer madura demais para sua idade. 
E talvez você pense na besteira que eu estou falando porque ela parece ser surreal. Mas tome outro gole desse refrigerante porque ela te daria sede de viver.
Ela quer viver um amor que os livros mostraram à ela que existe, uma fantasia que criara para esconder a realidade. Ela chora com filmes de comédia e ri nos dramas, não faz sentido, mas você também não faz. Ninguém faz, então não tente seguir o padrão porque ela gosta de tudo o que parece louco. 
Ela gosta de viajar e de olhar os aviões no céu, ama as estrelas e gosta de reparar a lua. Ela adora comer sem culpa e escutar música de acordo com o clima. Ela não sabe se tem religião e não sabe ao certo no que acredita. Talvez ela acredite no universo e no destino, ela acredita que as coisas acontecem quando têm que acontecer e que o impacto da vida não influencia em como tudo funciona. 
Ah, me desculpe porque em um gole acabou indo a garrafa inteira.


“Eu era um palerma. Ela era apaixonante. Eu era irremediavelmente sem graça. Ela era infinitamente fascinante. Então eu voltei para o meu quarto e desabei no beliche de baixo, pensando que, se as pessoas fossem chuva, eu seria garoa e ela, um furacão.” - Quem É Você, Alasca?

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